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Quebra da Unimed Paulistana atinge 744 mil clientes. Saiba o que fazer

02 de setembro / 2015
Internet

UOL Economia – 02/09/2015 A ANS determinou a transferência compulsória da carteira de clientes da Unimed Paulistana para outra operadora de saúde. O advogado Rodrigo Araújo foi entrevistado pelo Portal UOL e explicou quais são os cuidados que o cliente da Unimed Paulistana deve ter durante o período de transição.

Clique aqui e leia a notícia no Portal UOL

Aiana de Freitas

Do UOL, em São Paulo 02/09/2015

 

A quebra da Unimed Paulistana, anunciada nesta quarta-feira (2) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), atinge diretamente cerca de 744 mil clientes.

Até que esses contratos sejam vendidos para outra operadora, a empresa, na teoria, precisa garantir o atendimento. Em nota, a Unimed Paulistana diz que o atendimento “continua normalizado”.

Consumidor já enfrenta dificuldade

Na prática, porém, os consumidores já vêm enfrentando dificuldade para agendar consultas e exames, e isso deve continuar acontecendo nos próximos meses, alertam especialistas em direitos do consumidor.

Vários hospitais e laboratórios pararam de atender clientes da empresa ultimamente, e mais descredenciamentos podem ocorrer agora que a quebra foi oficialmente anunciada.

Assim, apesar de a empresa estar obrigada a atender seus clientes atuais, pode ser que, nos próximos dias, eles não consigam atendimento com os profissionais, clínicas ou hospitais de sua preferência.

Melhor ligar antes

“Recomendo que qualquer cliente, antes de se dirigir a um local para consulta, internação ou exame, ligue antes para saber se ainda atendem pela Unimed Paulistana”, diz o advogado especializado em planos de saúde, Rodrigo Araújo, sócio do escritório Araújo, Conforti e Jonhsson.

Caso o hospital com o qual o cliente está acostumado não esteja mais prestando atendimento, a empresa terá, então, de apresentar alguma solução, como encaminhá-lo para seus hospitais próprios.

Mesmo assim, alerta Rodrigo Araújo, é natural que a rede própria sofra um aumento de procura nos próximos dias, e o cliente demore para conseguir atendimento.

Reclamações

Se o consumidor se sentir prejudicado, ele deve registrar uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e na ANS (no telefone 0800 7019656).

Quem está internado, tem cirurgia ou tratamento contínuo

Clientes que já estão internados devem continuar sendo atendidos no mesmo hospital, mesmo que ele seja descredenciado agora, diz a coordenadora institucional da associação de consumidores Proteste, Maria Inês Dolci.

Caso haja problemas nesses casos, a orientação da advogada é que os clientes entrem com pedido de liminar na Justiça para garantir o serviço.

Quem tem cirurgia agendada ou está fazendo tratamento contínuo (de doenças como câncer, por exemplo) pode encontrar dificuldade de continuar sendo atendido no mesmo hospital, e a recomendação é buscar a Justiça também nessas situações, caso uma solução satisfatória não seja apresentada.

Sugestão: procurar outra operadora

O advogado Rodrigo Araújo sugere que, se possível, o consumidor, em vez de esperar a venda dos contratos, já busque outra operadora para tentar fazer a transferência do seu plano.

A transferência (chamada de portabilidade) permite que o cliente troque de plano sem precisar cumprir novas carências e vale para planos individuais e coletivos por adesão (contratados por meio de entidades de classe). Não vale para planos empresariais (que as empresas oferecem para seus funcionários).

“Mesmo que o consumidor não consiga fazer a portabilidade, se ele tiver boa saúde, pode ser melhor mudar de plano agora, apesar da carência”, diz.

Migração vale a pena?

Segundo Maria Inês Dolci, nas últimas semanas algumas entidades de classe enviaram cartas a seus associados sugerindo a migração dos planos da Unimed Paulistana para os de outras operadoras.

A recomendação da advogada é aceitar a migração nesses casos.

Para quem está em tratamento, porém, a melhor saída é mesmo esperar a venda dos planos. “Nesse caso, a pessoa não pode correr o risco de ficar sem plano ou de cumprir carência, porque as carências para doenças preexistentes são longas”, afirma Rodrigo Araújo.

O advogado alerta, ainda, que a crise da empresa afeta não só os clientes da Unimed Paulistana, mas usuários de todo o sistema Unimed do país.

“Alguns clientes contratam planos com cobertura nacional. Quando o paciente não encontra recursos médicos na Unimed local, ele vem para São Paulo em busca de serviços especializados”, diz. “Em São Paulo, ele tem que fazer uso do sistema de convênio dos hospitais com a Unimed Paulistana, pois as Unimeds de outras cidades não têm credenciamento direto com eles.”

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